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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

DIA DO ADVOGADO

Ontem, dia 11 de agosto, comemorou-se o dia do Advogado.
A data, homenagem a esta classe profissional de grande importância na história do país, é originada na instituição dos cursos jurídicos no Brasil.
Ainda no Império, por lei, Dom Pedro Primeiro, no dia 11 de agosto de 1827, criou o curso de ciências jurídicas e sociais na cidade de São Paulo e em Olinda, Pernambuco.
Não obstante a justa homenagem ao advogado entoa-se, se realmente, na atualidade, haveria motivos para comemoração?
Evidente que sim, embora se deva abrir espaço para a discussão sobre a desvalorização do advogado.
É o que faz Marina Diana, na coluna Leis e Negócios, do portal IG, a qual indicamos para leitura.
Em referida coluna, menciona a articulista que advogados ouvidos não vislumbram mais qualquer prestigio em exercer a profissão.
Responsabiliza a enorme quantidade de cursos de direito, que segundo dados fornecidos pelo CNJ àquela colunista, o Brasil teria mais cursos de direito do que todos os países no mundo juntos.
É evidente que há um exagero de cursos e que nem todos prezam por uma boa formação do profissional, visando apenas o lucro financeiro.
Contudo, não vejo que a quantidade de cursos seja o único, ou mesmo o de maior destaque na desvalorização do advogado.
Primeiro não se pode desprezar que nenhuma classe profissional tem, nos dias modernos, o prestígio que outrora se dava às profissões de destaque na sociedade do século passado.
Contudo, indubitavelmente, a desvalorização dos advogados ocorre, de maneira geral, independentemente da quantidade de cursos existentes, é pela falta de qualidade da educação.
A carreira exige que o profissional da advocacia tenha grande capacidade de comunicação pela redação.
Ao longo do tempo apregoou-se que as petições deveriam se tornar menos rebuscadas e mais objetivas. No entanto, vê-se, na verdade, redações inteligíveis, sem observância de um processo lógico e sem qualquer sentido em processos judiciais.
Certamente, esta falta de capacidade com a falta de preparo do profissional tem acarretado prejuízos à imagem do advogado.
Contudo, ainda vemos prestígio aos bons profissionais, que cada vez mais se destacam dentro desta profissão.
Também, podemos destacar que o órgão que representa a classe pouco fez em um passado próximo, para que não se perdesse o prestígio anteriormente existente.
Contudo, com a quantidade de advogados existentes, aguarda-se que a própria sociedade valorize os bons e melhor preparados profissionais.
De qualquer forma, devemos comemorar a data da homenagem a profissão que garante a existência de um Estado democrático.

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